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Maria Inês.

por Inês Saraiva

Maria Inês.

por Inês Saraiva

22 de Janeiro, 2016

Roma em três dias. Dia 3

Inês Saraiva

Roma em três dias.

Roteiro Dia 3:

Circo Maximo

Buraco de Roma

A despedida da Cidade Eterna

 

O terceiro dia em Roma começou cedo, era o dia da despedida, tínhamos poucas horas para continuar a respirar o Dolce fare niente" que nos abraça, isto porque a meio da tarde tínhamos que ir para o aeroporto, e, assim reservámos o que nos restava do dia para dizermos um "até já" a Roma.

O que aconteceu de forma bastante tranquila, visitámos os locais que tinham ficado na lista de "pendentes", e,  no fim brindámos a Roma no Hard Rock Cafe, com um brasileiro filho de mãe portuguesa, dos Açores, achei super caricato, mas já lá vamos.

 

Assim, depois do fantástico pequeno almoço, seguimos para o metro em direcção ao Circo Maximo, e, pela primeira vez durante a nossa estadia em Roma decidimos apanhar o metro, já vos disse que em Roma acaba por não fazer grande sentido andar de transportes públicos, a menos que fiquem hospedados longe do centro, porque é tudo relativamente perto e enquanto se caminha descobrimos história por todos os cantos, literalmente!

 

Contudo, já que tínhamos comprado pass para 48Horas, que como o nome indica é válido por 48 horas a partir da primeira convalidação por um número ilimitato de viagens, e, que como vos disse dá para viajar tanto de autocarro como de tram e metro, lá fomos nós de metro.

 

DSC05160.JPG

 

A Paola avisou-nos logo que o metro tinha um "aspecto estranho", o que se confirmou, estava completamente vandalizado, como os demais que vimos passar, no entanto apesar de  todos os metros que passavam estarem cheioooo de gente,  achei super seguro, e, o mapa do metro fácil de entender.

 

Apanhámos a linha azul, direcção Laurentina, saímos na paragem "Circo Maximo", paragem que fica mesmo ao lado das ruínas do Circo Maximo.

 

Quem já esteve em Roma irá perguntar porquê hoje o Circo Maximo, sim porque estas ruínas ficam mesmo ao lado do Palatino e do Forúm Romano, mas por distracção acabámos por continuar caminho em direcção ao Palatino e Forúm Romanoe só a meio do caminho é que nos lembrámos que deviamos ter seguido caminho até ao Circo Maximo... mas.., decidimos que ali voltávamos no último dia.

 

O que aconteceu também porque iriamos ter que ali voltar para visitar o chamado Buraco de Roma, a que eu chamei "a grande desilusão de Roma"!!!

 

Pois bem, para quem não sabe o Circo Maximo era uma arena usada inicialmente para jogos e entretenimento pelos reis etruscos de Roma.

Depois do século II a.C., começou a ser utilizada também para festivais, corridas, combates, chegou a ter capacidade para até 250.000 espectadores. Ora, no entanto, hoje apenas existem poucas, muito poucas ruínas do antigo Circo Máximo.

 

Circo Maximo DSC05167.JPG

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Como podem ver, as ruínas do lado esquerdo da fotografia, são do Palatino e Forúm Romano, por isso, se ficaram com vontade de ver as ruínas do Circo Maximo, sugiro que ao sair do Coliseu, sigam em direcção a estas ruínas e depois voltem atrás e entre então nas ruínas do Palatino e Forúm Romano, é super perto mesmo, e, assim evitam voltar ali.

 

Mas, como vos disse assim o fizémos porque quando planeámos a viagem a Roma, como sempre pesquisei imenso e chamou-me atenção um post num blogue qualquer que vi, que falava no Buraco de Roma, aí pensámos "também queremos ver!!!" e não foss esta frase que econtrámos pelo caminho...

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 ... que descreve perfeitamente o sentimento que Roma nos deixou, e a ida até ao Buraco de Roma tinha sido uma completa perda de tempo!

 

Passámos também pelas gravações de um novela italiana, não nos deixaram fazer o registo fotográfio, mas posso-vos basicamente era uma cena com muitas freiras e padres à mistura!

 

E ali mesmo ao lado, lá estava ele, o Buraco de Roma! E uma fila, como em todo o quanto é atracção em Roma! Ahah

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 E agora vou matar-vos a curiosidade, o Buraco de Roma  é nada mais nada menos do que um buraco numa fechadura que entre plantas de um jardim, lá no fundoooo vê-se a Basilica de São Pedro!!!

bucco_serratura_Priorato-dei-Cavalieri-di-Malta2.j

 

Segundo dizem este é um segredo bem guardado de Roma, e os romanos chamam-lhe "Il Buco della Serratura (O Buraco da Fechadura)", este segredo encontra-se no bairro Aventino, bem em cima da colina, após ter passado pelo Giardino degli Aranci (Jardim das Laranjeiras) e pelas igrejas de Santa Sabina e Santo Alessio.

 

Este segredo está localizado numa das vilas mais maravilhosas de Roma, a Villa del Priorato dei Cavalieri di Malta, no entanto, o acesso ao público só é permitido através de visita guiada por agências ou associações culturais, e acontece poucas vezes durante o ano.

 

Para lá chegar:

Bairro Aventino, um bairro na colina em frente ao Circo Máximo. O meio de transporte mais rápido é o metro B (o mesmo que passa no Coliseu), e a estação é Circo Massimo.

 

Não é que não tivesse gostado do que vi, na verdade gostei, mas sinceramente esperava mais, bem mais! 

Apenas recomendo a ida até lá caso tenham tempo, como nós tínhamos, caso contrário existem outros locais para visitar que ficam já no centro de Roma e não já tão afastado do centro.

 

Saímos dali e caminhámos ao longo do rio Tiber em direcção à Piazza Navona, procurámos nas transversais da praça um restaurante que nos enchesse o olho e não nos esvaziasse a carteira (ahah), de entre muito escolhemos um que não me recordo do nome, nem encontro o talão do restaurante, mas recordo-me e muito bem do almoço, divinal!

Almoçámos uma massa bolonhesa acompanhada por coca cola zero, como sobremesa pedimos uma panna cotta deliciosa, sei que no fim não pagámos muito, cerca de 25€ já com a taxa de serviço esplanada.

 

Com o estômago bem feliz, regressámos à Piazza Navona para degustar um capuccino enquanto respirávamos Roma.

 

Não resistimos à tentação e passámos pela Giolitti, de gelado na mão passámos pela Fonta di Trevi, que explodia de gente!!!

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Continuámos até ao Hard Rock Cafe, temos o hábito de, caso exista no local para onde viajamos, "beber um copo" aqui antes de regressarmos, o R. aproveita e compra sempre mais uma camisola para a colecção. Ahah

 

Confesso que quando ali chegámos já estávamos cansados! Sentámo-nos, e quando iamos pedir alguém, do outro lado de lá do balcão diz (com um sotaque brasileiro/açoreano) "que vai ser?!", espanto ficámos os dois olhar para o Barman, e ele olha e diz "sim sou português, não completamente mas sou!", fizémos um amigo.

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Como já era tarde, tivémos que deixar o nosso amigo Canadiano/Brasileiro/Açoreano, um cidadão do mundo portanto, para regressar ao hotel levantar as malas que a Paola gentilmente nos havia guardado e partimos em direcção ao aeroporto, de alma cheia, com imensa vontade de voltar a beber deste "Dolce Fare Niente" que Roma nos faz sentir.

 

 

 

 

 

Roma rimanerai eterna dentro de me.

Maria Inês.