Roma em três dias. Dia 2.
Roma em três dias.
Roteiro Dia 2:
Vaticano - A benção do Papa Francisco
Campo di Fiori
Piazza Navona
Pantheon
Tempio di Adriano a caminho da Giolitti
Fontana di Trevi
Piazza di Spagna e Trinitá dei Monti
O segundo dia em Roma começou com a benção do Papa Francisco. Não há como ir a Roma e não ver o Papa! Levámos o provérbio popular à risca e lá fomos nós, desta vez de autocarro até à Praça de São Pedro.
Para quem não sabe todos os domingos o Papa dá aos fiéis reunidos na Praça de São Pedro a benção. Ao meio dia em ponto o Papa aperece na janela da biblioteca do Vaticano e após um breve discurso abençoa os ali presentes.
A expectativa entre os presentes por este momento é enorme, e, quando a janela da biblioteca do Vaticano abre e saiem duas pombas a multidão começa a bater palmas para louvar a chegada do Papa. Perdoem-me os demais, mas com tantas bandeiras e palmas, aquele espetáculo fez-me lembrar um derby qualquer! Depois ver o Papa àquela distância é só mesmo para quem tenha binóculos!!! Para mim que tenho astigmatismo apenas via qualquer coisa branca lá na janela, valeu-me os ecrãs gigantes plantados na praça como se de um concerto se tratasse!
Considerações irónicas à parte, é interessante ver a emoção dos presentes, a alegria que é contagiante, e mesmo longe do Papa conseguimos, através da sua voz sentir a sua boa disposição. Mesmo que a praça esteja repleta de gente, como estava neste dia há sempre um lugar para estarmos, e a energia que ali se sente é como já vos disse contagiante... é emocionante, e, vem gente de todoooo o mundo!
E no meio de tanta gente, quando estavámos já de saída da praça, ali estava ela, a bandeira portuguesa!!!
Com a alma cheia, mas com o estômago vazio, seguimos em direcção ao Campo di Fiori, para almoçar. Em português campo de flores, a praça fica situada num antigo campo de flores, onde de dia decorre um mercado ao ar livre, aqui vende-se um pouco de tudo, desde flores a antiguidades, e à noite o Campo di Fiori enche-se de artistas de rua, e pequenos espétaculos vão decorrendo um pouco por todo o lado, não só à noite como também durante o dia.
Banca de venda de flores no Campo di Fiori.
O sol convidava a um almoço na esplanada, então seguimos a sugestão da Paola e procurámos um restaurante que estivésse cheio, ou bem composto, no meio de muitos, decidimos almoçar no restaurante Magnolia, pedimos duas lasanhas no forno, que estavam divinais.
Almoçámos, lentamente, degustando cada garfada da deliciosa lasanha no forno, ao som de um artista de rua...
Para finalizar, partilhámos uma Panacotta de Frutos Vermelhos.
Tudo estava óptimo, excepto a indelicadeza do funcionário que nos atendeu! Pagámos 32,50€ (2lasanhas ao forno+2coca colas+1panacotta de frutos vermelhos+3€ serviço de esplanada), não achei um preço excessivo, considerando que no preço estão inluídos 1,50€ por pessoa, preço que se paga por serviço na esplanada.
Considero o Campo di Fiori um daqueles lugares em Roma ideais para relaxar, para por exemplo almoçar tranquilamente e sentir o dolce fare niente, ou para ir de tarde beber um copo e relaxar depois de termos dado uma volta à cidade.
Este dia foi uma espécie de visita a um museu a céu aberto, andámos de rua em rua, de praça em praça, tranquilamente.. do Campo di Fiori fomos até à Piazza Navona.
Piazza Navona.
Fontana dei Quattro Fiumi, localizada no centro da Piazza Navona.
A Piazza Navona merece uma visita pela beleza arquitectónica, mas também pela história envolvente, para quem não sabe a praça foi construída no local onde se encontrava o Estádio Domiciano. Este local é perfeito para se sentarem, descansarem e observarem o ir e vir de centenas de pessoas... apreciar os artistas de rua, ou então dar um passeio pelas barraquinhas de venda de pinturas e outras obras de arte, ali mesmo na praça.
Da Praça Navona até ao Pantheon é um saltinho.
Pantheon.
Depois do Coliseu, Palatino e Fórum Romano, este foi o monumento que mais me impressionou, isto porque o Pantheon erguido pelo imperador Marco Vipsânio Agripa em 25 a.C., durante seu terceiro consulado, mantêm-se em bom estado de conservação!
O templo pagão foi convertido no século VII para a igreja católica e hoje abriga sarcófagos dos reis italianos e figuras importantes na história da Itália. A entrada é gratuita e o horário de funcionamento é 8:30 às 19:30h e aos domingos, das 9h às 18 h.
Área Central e parte da Cúpula.
E no meio de tanto passeio, tanto calor o que é que apetecia mesmo? Siiiiim um gelado!!! A verdade é que qualquer gelataria em Roma é boa, mas havia uma que nos deixou com àgua na boca.. a Giolitti! E como estávamos muito perto foi lá que fomos.
Pelo caminho passámos pelo Tempio di Adriano, construído 145 a.C. pelo Imperador Adriano, hoje as 11 Colunas Coríntias de mármore, albergam a Bolsa de Valores de Roma, no entanto dá perfeitamente para ter uma ideia de como era o Templo na época.
Tempio di Adriano.
Seguimos até à Giolitti, que fica na rua ao lado do Palazzo Montecitorio na Via Uffici del Vicario, 40, a rua é estreita e as filas são sempre grandes, embora que rápidas. Os gelados, bem os gelados são divinais!!! Para mim, ponto de paragem obrigatório!
O dia estava a ser mais tranquilo do que o primeiro, e calmamente seguimos até à Fontana di Trevi, bastante ansiosos para a ver de perto a fonte. Mas desengane-se quem acha que a fonte fica numa praça enorme, não! A fonte fica numa rua, igual a tantas outras, e acho que é aqui que Roma ganha encanto, no facto de virarmos a esquina e darmos de caras com uma fonte imponente como a Fontana di Trevi, considerada uma das maiores atracções da cidade!
O monumento combina elementos barrocos e clássicos e foi decorado por vários artistas da escola de Bernini. Representa o carro de Neptuno puxado por dois tritões que lutam com dois cavalos-marinhos (um selvagem e outro dócil), que encarnam os estados do mar.
Fontana di Trevi.
Segundo a tradição, temos de atirar uma moeda para a fonte sobre o ombro, para garantirmos o regresso a Roma. Assim o fizemos!!!
O "mar" de gente em frente à Fontana di Trevi...
Fontana di Trevi à noite.
Continuámos até à Piazza di Spagna um dos lugares mais vibrantes de Roma. Para quem gosta de compras os arredores da praça são um paraíso!!! Com marcas famosas como Valentino, Fendi, Gucci, entre várias outras!
Piazza di Spagna.
A praça está sempre repleta de gente, tanto turistas como habitantes, neste dia as ruas estavam praticamente intransitáveis!!!
Nesta praça fica também famosa Scalinata Trinita dei Monti ou Escadaria de Espanha, que leva até a igreja Trinità dei Monti, escadaria que estava repleta de gente...
Scalinata Trinita dei Monti ou Escadaria de Espanha e a Igreja Trinitá dei Monti.
Aos pés da escadaria fica a Fonte da Barcaccia, de Pietro Bernini.
Ainda que cansados subimos a escadaria e fomos até à Piazza del Popolo onde apanhamos o metro até ao hotel. Infelizmente não tenho fotografias da Piazza del Popolo, mas considero uma passagem obrigatória, isto porque é uma das célebres praças da cidade. Ao centro a praça tem uma pequena fonte com um Obelisco egipcio de Ramsés II com 36 metros de altura. De um dos lados da praça estão também duas igrejas conhecidas como gémeas cujas fachadas sugerem assimetrias mas que na realidade tem algumas diferenças!
A verdade é que são muitas as praças famosas de Roma, e devemos visitá-las pela sua dimensão e pela riqueza de elementos que as rodeiam.
À noite, jantámos com uma vista privilegiada.. jantámos mesmo em frente ao Pantheon! A noite estava agradável e convidava a jantar numa esplanada, optámos por jantar no Napoletano´s, um restaurante típico e com um atendimento muito bom!
Pedimos para entrada uma bruchetta de mozzarella di bufula com presunto e rúcula.
Para o R. um pizza de muzzarella di bufala com tomate e rúcula, para mim uma lasanha de carne (again).
A pizza de massa fina e estaladiça, com ingredintes frescos, estava deliciosa, o mesmo posso dizer da lasanha, se bem que a que tinha comido ao almoço estava melhor (sim este dia foi o dia da lasanha!). A simpatia e cordialidade completaram o cardápio do restaurante. No final pagámos cerca de 35€, claro está com o serviço esplanada incluído no preço final.
Rendidos à Cidade Eterna?
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Il Dolce Fare Niente.
Maria Inês.